estrelinha com cabeça

Participei ontem na primeira de várias reuniões de discussão sobre os resultados eleitorais e as perspectivas para o futuro. Neste espaço, reuniram-se os membros da coordenadora distrital com os candidatos e candidatas da lista que apresentámos às últimas eleições, independentes incluídos. Outras se seguirão, de modo a que toda a gente seja ouvida e tenha possibilidade de se pronunciar. Até aqui, nada de novo. É esta a prática que eu conheço.

A discussão foi franca e aberta. Falou quem quis e, sem constrangimentos, disse o que pensava e deu voz às suas perplexidades e às suas propostas. E é a isto que eu chamo responsabilidade. Responsabilidade de quem ouve e responsabilidade de quem não se furta nem à discussão nem a dizer o que pensa.

O Bloco que eu conheço sempre conviveu bem com a crítica e com a divergência. Essa tem sido, aliás, a sua força. Porém, como todas as regras, também esta parece ter as suas excepções. E por isso não compreendo e distancio-me de certas atitudes pistoleiras, que em tudo são dissonantes da prática que conheço.

Apesar de discordar do tempo, do lugar e do modo como a divergência se tem feito ouvir, creio que só a fraternidade pode orientar esta discussão, porque só ela nos poderá levar a algum lugar. O respeito que me merecem os camaradas que divergem daquilo que eu penso é o mesmo que, acredito, eles têm para os restantes militantes. Que as críticas se façam ouvir, que todas as diferenças se manifestem também nos fóruns internos de discussão e não apenas na comunicação social é não só aquilo que eu desejo como também aquilo a que apelo.

Um comentário:

Anônimo disse...

essas atitudes pistoleiras parece quererem confirmar que à metodos de fazer politica que não se esquecem e outros que não se aprendem

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