Num bairro moderno



O papa vai passar de carrinho na rua Zeca Afonso. As minhas vizinhas vão estendendo, ora tímidas ora orgulhosas, colchas e panos nas varandas. Desde manhã que polícias circulam pela rua, dois pra lá, dois pra cá. Elas adoram-no(s) e acumulam-se nas grades. Oh “Caridade, a quanto obrigas/Só trinta mil voluntários/‘Cristo reina Cristo vinga'/Nos vossos santos ovários”.
E daqui a nada vamos todas gritar: Bibó papa bibó papa bibó papa...
Já caem anjos num alguidar.

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