Bora lá dizer isto mais de-va-gar-inho ver se Ministério e IPS percebem: Homossexualidade não é sinónimo de comportamento de risco!



Na sequência desta notícia do JN de ontem, dizendo:

"O Ministério da Saúde não vai adoptar medidas contra a exclusão de homossexuais e bissexuais na doação de sangue, que constavam numa recomendação do Bloco de Esquerda, aprovada no Parlamento por várias bancadas, inclusive pelos deputados socialistas"

As organizações AMPLOS, ATTAC, Ilga Portugal, Médicos pela Escolha, Não te prives, Panteras Rosas, Poly Portugal, Portugal Gay, Rede Ex Aequo, SOS Racismo e UMAR , lançaram hoje um comunicado

Deixo aqui a parte final:

"Por que motivo(s)? Não percebemos nem aceitamos que tal volte a acontecer. Já são demasiados anos em volta deste folhetim interminável que só acentua o preconceito e a desigualdade em volta das pessoas LGBT. Não se pode, por um lado, aprovar medidas que visem a promoção da igualdade e, por outro, perpetuar uma discriminação sem qualquer fundamento que põe de lado milhares de potenciais dadores quando existe sempre necessidade de sangue. Os avanços e recuos verificados nesta matéria somente contribuem para o aumento do estigma em relação às pessoas homossexuais que em nada favorece uma sociedade que se quer livre, inclusiva e democrática.
Deverão ser os comportamentos de risco a determinar a exclusão da doação de sangue, sejam homens ou mulheres, homossexuais ou heterossexuais e não outro qualquer factor arbitrário e discriminatório que parte de pressupostos estereotipados.
A homossexualidade não é sinónimo de comportamentos de risco, tal como a heterossexualidade não é garantia da sua ausência! Quantas vezes teremos que o dizer?
Nem a ciência, nem as estatísticas, nem os princípios da não discriminação e da igualdade justificam tal comportamento por parte do Ministério da Saúde pelo que exigimos, por isso, a adopção urgente das medidas solicitadas na Resolução adoptada na AR".

2 comentários:

Reviralhos disse...

Excelente comunicado conjunto das organizações. Vamos aguardar, impacientemente, a resposta ao mesmo.

Henrique Varajidás disse...

Realmente...não tem cabimento nenhum.

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