A Factura Geral do Estado, by RAP

Tenho andado sem paciência nem vontade de escrever. Acompanho, claro, a (triste)actualidade por estas bandas e pela França (que continua a ser um exemplo de mobilização social) mas... nada a fazer, não me deu nem me dá para teclar furiosamente quando, eu sei, deveria ser precisamente o contrário. Para procurar contribuir com um discurso alternativo ao dominante (o de que o aumento do desemprego e da pobreza é uma fatalidade e que o poder político não teve, nem tem, outro remédio que senão o de nos enfiar pelas "guelas" a baixo um PEC 3 na onda do que se tem feito por essa UE) e ajudar à mobilização para a greve geral, à qual aderirei, à qual deviamos todos e todas aderir. Mas outros/as fazem no bem melhor do que eu, para além de que, olha, não me dá para "bloggar", ponto.

Para não ser despedida aqui do tasco, deixo-vos o artigo de opinião do Picardo Araújo Pereira na Visão de Hoje.

"Recordo que este Orçamento vem impor austeridade à política de austeridade anterior, que não se revelou suficientemente austera. Tendo em conta a capacidade que a crise tem tido para resistir aos nossos sacrifícios, é possível que haja novas medidas de austeridade em breve. Um novo aumento do IVA parece fora de hipótese, e torna-se cada vez mais difícil reduzir os salários quando começa a não haver salários para reduzir. Prevejo a obrigatoriedade de cada cidadão oferecer dois litros do seu sangue ao governo. O suor já levaram todo".


Nota: Não me habituo a esta coisa do acordo ortográfico. Factura sem "c"? Nã :)

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