A NATO, o Facebook e o "Bloco Negro" do centrão

Ontem escrevi isto para o esquerda.net: "A NATO está a chegar. Vai ocupar parte da cidade de Lisboa e fechar as fronteiras do país, dando uma amostra cara do securitismo atlanticista. O tempo nunca é de vacas magras para os senhores da guerra e tal como lhes pagamos os instrumentos das suas guerras também lhes pagamos as cimeiras.
A abrir caminho, barricou-se na opinião pública um discurso sobre o perigo dos manifestantes violentos. Um bloco negro de jornalistas, comentadores e de “especialistas em segurança”, tantas vezes omisso relativamente aos interesses económicos por detrás das guerras e aos seus crimes, jura que os vândalos se irão manifestar contra a NATO, procurando assim juntar no mesmo saco todas as formas de protesto. Este bloco fica à espera ansiosamente que qualquer pedrada justifique o seu discurso. E prepara-se para aumentar o impacto dessa pedrada, até a tornar num míssil das hordas bárbaras capaz de destruir todo o nosso modo de vida, assim como está disposto a minimizar, por exemplo, a morte de civis nas guerras da NATO e a tortura contra prisioneiros de guerra. O seu bom senso pseudo-pacifista é selectivo conforme as regiões do mundo e não se incomoda com a violência de Estado apenas com a das ruas." (...)
Hoje li isto no DN:"O perfil da Esquerda Anti-Capitalista (Madrid) no Facebook foi cancelado depois do partido ter publicado uma convocatória para a participação na Contra-Cimeira da NATO em Lisboa, que decorre este mês na capital portuguesa. (...)
Em comunicado, publicado na sua página na Internet, o partido explica que a decisão "arbitrária" de fechar a página "só pode ser entendida como uma forma de cortar a liberdade de expressão e o uso aberto desta ferramenta informática"."

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