Política de coentrada

A receita é simples: pega-se em alguém famoso e faz-se render eleitoralmente. Foi o que Sócrates fez hoje nas Caxinas com Fábio Coentrão. Sobre a receita populista estará já tudo dito. Sobre a utilização repetida de futebolistas por Sócrates também: na ementa das últimas eleições havia Figo.
O facto verdadeiramente interessante aconteceu quando Coentrão explicou a sua visão particular da política: 1- não se interessa nada nem percebe nada de política mas 2- sempre foi e será do PS. Alguns dos meus amigos mais afeitos à análise lógica das proposições sublinhariam aqui a incoerência entre duas afirmações separadas por segundos. Pela minha parte, encontro uma sinceridade e uma coerência profunda entre as duas afirmações. Para muitos será preciso um esforço desinteressado de desconhecimento da política e de apagamento da memória para votar no PS.

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