O mercado é um cliente mafioso

O perigo de contágio da Grécia não funciona propriamente como o perigo de contágio da Gripe A. Em abono da verdade, também não é propriamente de contágio que falamos. A mão invisível do mercado segura uma bem visível pistola e alerta, qual epidemiólogo: "se ele [Grécia] morrer, dou-te [a Portugal, Espanha, Irlanda...] um tiro". Ou seja, se um morre, o outro leva um tiro mas convenhamos que não se trata tanto de contágio como de uma lógica siciliana de prestação de contas.

Mas depois vem Belmiro de Azevedo dizer que "o mercado tem sempre razão" [sem link, ouvido ontem no noticiário da Antena 1]. Ou seja, o mercado é como se fosse uma espécie de cliente.

E quem é que, no seu perfeito juízo e tendo um negócio, dispensaria o dinheirinho de um cliente mafioso?

Um comentário:

Frederica Jordão disse...

É a dinâmica inevitável dos PIIGS (que, cada vez mais acredito, se deveriam chamar GIPSI)...

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