Como Vinicius de Moraes, o homem que se declinava no plural, também eu acho que o amor é eterno enquanto dura. Daí entender que a melhor forma de o conservar, de o manter vivo e frutificante - como a gaivota que voava na canção da Ermelinda Duarte - é construí-lo livremente na sua precariedade. Mas isso sou eu a achar. A questão, neste caso, é toda outra: é legítimo impor aos outros a minha concepção de infelicidade? Não, não é. Daí ter assinado esta petição.
Um parágrafo, dois gráficos, algumas palavras.
Há 17 horas
7 comentários:
Além de que o casamento é um perigo para a felicidade porque ergue no horizonte o único próximo passo possível e provável: o divórcio.
Olhem que assim a Minoria Relativa ainda é barrada nos computadores do Patriarcado.
:-) não sei... há por lá muita gente interessada nestas coisas do casamento. E do divórcio.
ainda bem que isto é só a blogosfera...
sei que isto é mais ou menos uma brincadeira, uma provocaçao. Mas já pensaram nas consequencias se isto fosse levado a sério no mainstream mediático, seria considerado uma espécie de campanha de retaliaçao que conseguiria unir muita gente contra o casamento homossexual. E teria o mesmo efeito da campanha do PSR no primeiro referendo pela despenalizaçao da IVG realizado. Afastaria os indecisos e repugnaria os apoiantes...
PS: e já agora, a liberdade de escolha também passa pela escolha da infelicidade...ou a obrigatoriedade de ser feliz nao é apenas outra forma imposiçao?
PS2: acho que ainda estou sobre o efeito da missa do galo...
mas foi isso exactamente que disse, Rafael: não sou ninguém para impôr aos outros a minha concepção de infelicidade.
mas entao qual o sentido de assinar uma petiçao para referendar o casamento heterossexual? para além da graçola, claro...:)
E assim continuam as questões essenciais a ser transformadas no vazio retórico das petições.
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