Joana - Ciumento, és?
Vasco - Por causa do teu ex?
Joana - Do écse.
Vasco - Nada disso. Eu aceito a sociologia. Nós somos da geração écse.
Joana - És um pedante.
Vasco - Sou um pendente.
[...]
Joana - Dá-te tusa seres esperto?
Vasco - Não muita, não.
Joana - Mas gostas de picardias.
Vasco - Para a tusa?
Joana - Não?
Vasco - Tu é que gostas de picardias. Não és do tipo paz doméstica.
[...]
Joana - Legifere?
Vasco - Também sei dizer «cornija», «ordálio», «nefelibata», «debalde» e «calipígio».
Pedro Mexia (2009), Nada de Dois, «Tróia», 99-102
*Mas é um jovem e insuspeito candidato.
Obrigado, Jorge Sampaio
Há 3 anos
3 comentários:
Não percebo nem o * nem o link. Candidato a director da Cinemateca? Pedro Mexia disse várias vezes que não queria o cargo.
Correcto e afirmativo. O Mexia será tão-só um candidato promissor à ornamentação do regime, «das mais diversas maneiras e nos mais diversos locais» - o que quer que isso insinue e o que quer que seja o «regime». Pelo que, nesse sentido, a direcção da Cinemateca não esgotará o campeonato, sobretudo o de corredores de fundo. Mas isto é puro soundbyte, não vale puto. O desassombro (!) do César Monteiro também pesou na remissão. Já a gaguez é artifício estilístico: idiossincrasia de Maria João Seixas, serve, por oposição, para dar conta da fluidez dos diálogos que compõem o último livro do supramencionado: um contraditório amoroso que é, coisa rara nos tempos que correm, literatura. Li-te-ra-tu-ra.
«O Mexias será tão-só um candidato promissor à ornamentação do regime» - correcto e afirmativo. Com Li-te-ra-tu-ra ou sem ela, não e flor que eu cheire, nem de longe.
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