Democracia interna e palermice

Este lamento pífio de Zé Neves a propósito de mais uma rasteira imbecil do sempre elegante Ruptura/FER (e alguns novos amigos) ao BE é sobremaneira comovente. Deus queira que não seja motivo de cisão no mais promissor blog de esquerda, ó Miguel Cardina. Nos entretantos, penso que:

1. o Bloco de Esquerda tem estruturas representativas próprias - e responsabilizáveis - que deverão decidir do seu posicionamento em matéria presidencial, em consonância com as linhas programáticas aprovadas na última Convenção. Algo de errado se passou? Não. O apoio a Manuel Alegre não foi decisão desgarrada e indiscutida - embora eu até tenda a discordar dela (mas isso é com eles, não meto o bedelho). Talvez o Ruptura/FER estivesse em sessões de treino terrorista com os seus camaradas Taliban e tenha faltado ao debate interno. Tanta, mas tanta pena;

2. usar a inenarrável candidatura de Fernando Nobre como pretexto para o estardalhaço habitual - infundado e mal-intencionado - é estratégia verdadeiramente anedótica. Se o Ruptura/FER, lá no fundo da sua clandestinidade, pondera um apoio a Fernando Nobre é porque perdeu definitivamente o juízo (ok, não é de agora) e a vergonha. Se quer atacar a metodologia das coisas que o faça sem rodriguinhos que apenas servem para enganar meia dúzia de militantes desorientados e alguns jornalistas licenciados pela Universidade Moderna;

3. não existe o mínimo de confiança política entre as três correntes fundadoras do BE e o Ruptura/FER: para além de ideologias, programa e procedimentos diversos - se não mesmo divergentes -, a única preocupação do Ruptura/FER é o desgaste político, social e eleitoral do BE para provar ao mundo que tinha razão. Ao mesmo tempo, o Ruptura/FER cumpre uma função importante lá dentro: de tão mau que é acaba por fazer-nos crer que tudo o resto é bestial. É exactamente por isso que vão viver felizes para sempre. Por mim o grupelho já tinha sido corrido. Não há coragem? Então aturem-se.

Adenda: Nota da Comissão Política do BE sobre a Petição por uma Convenção Extraordinária

39 comentários:

rafael disse...

porra...eu é que nao me meto entre duas "tendencias"...e os do PC é qu sao sectários...

Miguel Cardina disse...

ó Tiago Ribeiro, o Vias de Facto não tem cartilha política. Cada um escreve o que bem entende e isso não será motivo de cisões. Não querias tu mais nada, voyeurismo gratuito...

Mas já agora aproveito a boleia para comentar: em abstracto concordo com o que diz o Zé Neves (pode-se e deve-se plenarizar no meio da guerra) mas julgo não ser isto que aqui está em causa. Pode-se até apontar um ou outro procedimento menos correcto (Louçã falar do assunto antes da mesa nacional, por exemplo) mas o essencial é estar-se a interpretar de maneira que me parece acertada o espírito das decisões aprovadas na convenção. Esperar pelo apoio (ou não) do PS a Alegre era não só ler de maneira ínvia o que significam as eleições presidenciais e tomar-se a si próprio como refém das estratégias de outrem. Pode vir a revelar-se um erro (não estou nada convencido disso), pode não ter sido perfeito em termos formais, mas não vejo qualquer razão para uma convenção extraordinária.

Tenho lido, sobretudo nas redes sociais, da parte de quem apoia a petição, a ideia de que existe um espécie de "clamor" interno. Não o sinto, verdadeiramente, mas parece-me normal que os seus promotores tenham esse discurso. Aliás, e segundo revela Isabel Faria na caixa de comentários do Vias de Facto, assinaram até agora 30 aderentes. O que matiza bastante o discurso do "clamor"...

Por outro lado, também me parece uma leitura errada a que fazes, vendo a petição como um gesto oriundo do Ruptura/FER. Não me parece que seja, pelo menos exclusivamente. Isso não é propriamente importante, mas fica como nota.

Tiago Ribeiro disse...

A esperteza peticionária percebeu que a única maneira de arranjar um 31 com o mínimo de fundamento seria alegar a existência de duas candidaturas «unitárias de esquerda», de forma a, com ancoragem na deliberação da Convenção, demonstrar o carácter precipitado e limitador do apoio bloquista a Manuel Alegre. E foi à pala do Nobre que a referida esperteza ganhou lugar nos jornais (questiono-me se não seria esse o seu verdadeiro objectivo). Ora acontece que só duas condições poderão sustentar essa leitura: 1. proximidade ideológica com Miguel Portas (não me parece, de todo) 2. miopia política (até poderia ser). Mas não: é oportunismo. Não nego a existência de lacunas e problemas substantivos ou procedimentais na democracia interna do BE, mas isso não justifica esta brincadeira e diz muito do convívio político entre as diferentes sensibilidades. Depois no PSD é que há mânfios.

zé neves disse...

ó tiago, eu não tenho nada a ver com os teus problemas com o ruptura...

mas repara bem: a contestação deles à nomeação de Alegre como candidato apoiado pelo BE antecede o factor Nobre; o tal abaixo-assinado refere a possibilidade de outras candidaturas além de Nobre e Alegre; não é nada óbvio que o BE não possa discutir a pertinência de apoiar ALegre ou Nobre (Nobre, por exemplo, é muito diferente de alguém como Sá Fernandes?); entre outras coisas.

Não é o que o Ruptura diz ou não diz, decide ou não decide, que deve impedir alguém de ter uma visão crítica do que se passou. Que não é nada de grave? Não. Mas que são os jornalistas e a conspiração soarista a trabalhar!?!, só me lembra alguma retórica ortodoxa contra os renovadores.

E o que seria da divergencia interna no BE sem recurso ao Ruptura? Vais ver que ainda proliferava... e que a coisa não seguia toda ela em piloto automático... como sinceramente parece ser o caso de há uns anos a esta parte. Ganharam embalo e agora parece que é tudo óbvio.

QUanto ao que diz o Miguel. O pormenor de ter um líder a tomar uma decisão pública e depois discutir-se o assunto entre o comité central não é um pormenor. E quanto aos 30 que assinam o abaixo-assinado, de acordo que não será muita gente... Mas na proporção de militantes do BE não é assim tão pouca... minoria relativa...

zé neves

Anônimo disse...

Para o Ruptura te ter irritado tanto é porque desta vez devem ter dado o tiro certo...

Renato Teixeira

Diogo Augusto disse...

Ó Renato, quando se dispara para todo o lado, é difícil não acertar alguma vez no alvo. Mas não me parece que este seja um desses casos.

Anônimo disse...

Neste momento a petição está perto dos 100 subsctritores http://convencaoextraordinaria.blogspot.com/
Não sei quem é este Tiago Ribeiro, mas considerando que trata camaradas de partido como palermas e mânfios está tudo dito.
Quanto ao protagonismo na comunicação social, eu cá lembro-me de ver os tempos de antena da FER / Gil Garcia nos idos de 80.
Era eu na altura militante do PCP e saí quando alguns dirigentes começaram a usar para com quem estava em desacordo discurso e linguagem como a que o Tiago aqui defecou.

Tiago Ribeiro disse...

Zé Neves, não questiono a legitimidade da contestação ao apoio do BE a Manuel Alegre. Não só é legítima como eventualmente recomendável. Mas quando isso redunda numa petição - de aparente «frentismo» interno - sob pretextos obscenos é já a sua boa fé que fica em causa. E mesmo que Fernando Nobre fosse semelhante a Sá Fernandes - que não é -, relembrava a posição dos peticionários em matéria de política autárquica nas eleições para a CML. Não é preciso ir mais longe e uma petição não é apenas aquilo que ela permite, mas também o que lá está enunciado e a gestão do seus efeitos públicos. Se isto é ortodoxia vou ali e já venho.

Renato, temo que sim. A nossa noção de certo e errado é que não é a mesma.

Anônimo, eu não tenho «camaradas de partido», não obedeço a centralismos democráticos e a minha linguagem é exclusivamente política. Além disso assino o que escrevo.

João Pena disse...

ó Tiago, és camarada do Anônimo? Ele usa esta linguagem colorida porque via os tempos de antena da Fer nos anos 80? Ó Tiago. Tu vias os tempos de antena da Fer nos anos 80?

AP disse...

Concordo com quase tudo o que o Tiago diz, excepto num pormenor. "O Bloco de Esquerda tem estruturas representativas próprias - e responsabilizáveis". As estruturas do BE não são assim tão responsabilizáveis. A existência de mecanismos formais de garantia da democracia interna (desde sempre em oposição às clássicas práticas do centralismo democrático), por mais indispensáveis, não garantem por si só essa democracia de debate e confronto. Paira sistematicamente um consenso natural bastante irritante - a discussão sobre as razões não interessa agora. De facto, desde a sua fundação, a única oposição interna praticamente foi o Ruptura/FER, independentemente de quaisquer juízos de valor sobre os seus métodos que possamos fazer (e fazemos e fazemos!).

Bem, fora isso:

- A petição é "mal-intencionada" ou criada por motivos de agenda oportunista? É, provavelmente.

- Isso é mau? Não. Podia ser mais clara sobre as intenções mas não é indispensável. É política.

- Há quem esteja de acordo mas não assine? Espero bem que sim! Para agenda agenda e meia.

- Há quem esteja de acordo e assine sem topar as suas intenções? De certeza. Mas esses não merecem muito por ter caído na esparrela.

- Há quem não esteja de acordo mas assine? Sim, mas o Ruptura/FER tem centralismo democrático e desse braço não se foge.

Diogo Augusto disse...

Anônimo, a ver se entendo. Criticas o Tiago por ter criticado um grupo de pessoas que criticou a direcção do bloco. Certo? E no meio de tudo isso só a primeira e a terceira crítica é que são legítimas, certo? Compreendido. Pois eu acrescento mais um elo na corrente e critico-te por teres criticado de forma anónima o Tiago que criticou um grupo de pessoas que criticou a direcção do bloco.
Agora diz-me lá se a minha crítica se encaixa nas legítimas ou nas ilegítimas. Tenho esperança que a aceites mas parece-me que vais ser muito crítico em relação à minha crítica. Mas é pena.

Anônimo disse...

Diogo, o Tiago não criticou, chamou palermas e mânfios.
A tua crítica à minha crítica e ao meu anonimato enquadra-se nas legítimas, está descansado.

Anônimo disse...

Tiago. Adorei o pluralismo, tolerância e respeito por opiniões divergentes que cultivas. Assim se faz uma "Esquerda Grande".
Agora a sério, tanta cegueira, seguidismo, preconceito ideológico e sectarismo é que dá, tanta, mas tanta pena.

Diogo Augusto disse...

Tiago, toma nota. Podes criticar, mas com respeitinho!

Anônimo disse...

Isto acontece sendo o Ruptura/FER uma seita clandestina, fará se tivesse importância. Este Tiago é no mínimo confuso das ideias. Bem, talvez não tenha muito que fazer e goste de perder o seu tempo a falar de coisas sem grande significado. Ou será que apenas pretende espantar os seus fantasmas?

Olha que fantasmas não existem Tiago, por isso não os tentes espantar que não conseguirás obter resultados. Sempre que a tua mente te iludir, lembra-te que não és uma criancinha apetecível para um comunista que se preze, há outras bem mais interessantes...

Anônimo disse...

Tiago, não sei se percebi bem mas a o tiro é uma petição ou uma tentativa de convocar um congresso?
Desta feita fiquei surpreendido. Dizes ao Zé Neves que é recomendável criticar o BE pela escolha Alegre mas depois não queres um congresso para o fazer. Percebi bem?

Renato Teixeira

Carlos Borges disse...

"vendo a petição como um gesto oriundo do Ruptura/FER. Não me parece que seja, pelo menos exclusivamente. Isso não é propriamente importante, mas fica como nota."

Miguel olhe para os nomes e diga-me quantos não Ruptura/Fer é que encontra. Já agora para além dessa organização que outra tem suporte regional suficiente para estruturar uma petição destas?

Miguel Cardina disse...

Vejo vários, Carlos. Estão lá quase tantos apoiantes da antiga moção C na anterior convenção (dinamizada pelo Ruptura/FER), como da outra moção minoritária, a B. Mas isso não me parece o fundamental: são militantes que fazem uso de direitos estatutariamente consagrados e por aí não há nada a apontar. O problema não é a forma, é o conteúdo. E é aí que eu discordo dos peticionários...

AP disse...

Então depreendo que esta petição tem quase tantos da "moção C" como "da outra" moção minoritária, a B. Então é B+C.
Presumo então que a que falta ordenando alfabeticamente (assumo porque não sou do meio), a moção A, foi a maioritária que "ganhou" o congresso (convenção desculpem).
E desta A não assina ninguém? Lá bem arrumado é o BE.

Anônimo disse...

A petição tem já a assinatura de muitos apoiantes da moção A. Basta ler os textos publicados em http://convencaoextraordinaria.blogspot.com/

Anônimo disse...

Veja-se que há um texto de um bloquista a defender a Convenção para clarificar o apoio a Alegre. O papão da FER não resultou como pretendido.
http://convencaoextraordinaria.blogspot.com/

Tiago Ribeiro disse...

Renato, pelos vistos o texto da petição é fiel às intenções dos signatários:

«Gil Garcia não exclui “negociações” com Fernando Nobre, candidato independente a Belém, e com o PCP, que já anunciou que irá avançar com uma candidatura autónoma.»

Tenho a ligeira sensação de que esta declaração foi prestada à saída da Alice no País das Maravilhas - pelo absurdo da coisa, note-se. De resto, era o que faltava impedir o exercício de direitos estatutariamente conferidos aos aderentes. Só o Miguel Cardina levantou esse papão, como se houvesse sinais de sabotagem à recolha de assinaturas :) Quanto à relação entre a crítica ao apoio bloquista a Manuel Alegre e a convocação de uma convenção extraordinária, sublinho que considero inteiramente legítimas e fundamentadas as orientações prosseguidas pela Comissão Política (que aliás só mete nojo pelo facto de ser tudo rapaziada deputada: enfim), embora pessoalmente não tenha grande clareza quanto ao artista. Daí às declarações de Gil Garcia vai um oceano e não consigo desligá-las de todo este pseudobasismo.

João Delgado disse...

Caro Tiago Ribeiro, o facto de Gil Garcia não excluir negociações com Fernando Nobre não significa que essa seja a posição maioritária entre os peticionários.
É assim tão difícil entender que a FER integra, mas não dirige este movimento, que tem uma agenda única, realizar uma Convenção.
Não quer mesmo perceber que há entre os peticionários quem defenda o apoio a Alegre, o apoio a Nobre, uma candidatura do BE, ou uma candidatura única à esquerda do PS?
Se quer mesmo debater o tema convém partir de premissas válidas e não das conclusões a que decidiu chegar.
De resto, basta percorrer a blogosfera e as redes sociais para constatar que o assunto presidenciais é o tema dominante das conversas entre bloquistas (aderentes e eleitores). Não é isto demonstração suficiente de que o tema não está encerrado?

Diogo Augusto disse...

Arranjar desculpas formais esfarrapadas para contestar o conteúdo político de uma decisão é de uma baixeza lamentável. É precisamente isso que esta petição faz. E fá-lo com o objectivo de desgastar o Bloco por dentro.
Mais, para quem, como eu, militou em Coimbra é hilariante ler coisas como "É assim tão difícil entender que a FER integra, mas não dirige este movimento, que tem uma agenda única, realizar uma Convenção.". É que essa é, de facto, uma patranha difícil de engolir.

João Delgado disse...

Caro Diogo vejo que me enganei, esse linguajar é impróprio de uma discussão séria.
Vejo que está traumatizado com alguma maldade que a FER lhe fez, mas quanto a isso não possuo analgésico.
Desculpe o incómodo e passe bem.

Diogo Augusto disse...

Ó João Delgado, ofendeu-se? Não é caso para tanto.

Já agora, está ciente de que o Diogo e o Tiago não são a mesma pessoa, certo?

Tiago Ribeiro disse...

João Delgado, como eu até sei ler (!) até reparei que há subscritores que não pertencem ao Ruptura/FER e que são movidos por reivindicações relativamente diferentes. Justo. Mas isso não desvia num único milímetro o argumento do post e a caracterização que procura fazer do comportamento da referida estrutura neste processo em particular e na vida do BE em geral. Aguente-se lá com este insulto.

Anônimo disse...

Caros Tiago e Diogo, equipa incompleta e com um único princípio, que desde há muito actua nos blogs e cafés por aí espalhados (não minto, antes localizados na Praça da República), independentemente das razões dos peticionários, que têm vocês que ver com isso? Ou assinam ou não assinam (bem o autor nem pode)! É estatutário!!!

Queriam que não fosse? Se sim, bem, o Tiago tinha que se filiar no BE e ter estado presente na última Convenção e o Diogo tinha de sair da toca e defender as suas ideias perante quem as aprovasse ou reprovasse fisicamente, coisa que das vezes que tenho memória de o ter feito a democracia demonstrou o resultado (é melhor ficar atrás do teclado, não é? o resto o Louçã que faça, ou ele ou qualquer outro!).

AP disse...

upa upa, olha um homem (anônimo como dizem os brasileiros) de rua que veio até ao sector intelectual. Será que não tem uns cartazes para ir colar ou uma revolução por que ir lutar ou assim?

Diogo Augusto disse...

Anônimo, está enganado/a. Nunca foi minha intenção discutir fosse o que fosse consigo aqui nestes comentários. Reservo o direito de não discutir seja o que for com imbecis que não assinam e que pensam que são o Big Brother. O meu singelo intuito foi tão-somente insultá-lo/a, coisa que, se for perspicaz, perceberá que acabei de fazer ali em cima com aquela história do "imbecis".

João Pena disse...

Caro anônimo. Não gosta do Tropical? Vá tomar café com os outros "homens novos dos Talibans" a Kandahar e faça-se obliterar - no deserto, para não chatear ninguém. Depois volte e faça um comentário decente.

Anônimo disse...

Aconselho o anônimo a tornar-se fã do tropical. Está aqui no Facebook. http://www.facebook.com/profile.php?id=100000004305900&ref=profile#!/pages/Coimbra/Tropical/185235628725?ref=sgm

Anônimo disse...

Hilariante...

Ó Diogo, ofendeu-se? Não é caso para tanto.
Vá escrever mais um post que isso passa, mas desta vez com mais nível.

Anônimo disse...

Já agora aconselho o meu irmão gêmeo a ser mais inteligente...

Fernanda Silva disse...

Há uma coisa que me baralha nessa dita petição. Se a Convenção extraordinária se deve realizar porque há duas candidaturas que, teoricamente, encaixam na deliberação da Convenção, e outras podem aparecer, como diz também o texto, a minha pergunta é: para que data se marca a Convenção? Que eu saiba, só quando as eleições forem marcadas se estabelece o prazo final para a apresentação de candidaturas. Assim, o Bloco deverá esperar pelo queimar dos prazos para poder escolher o/a candidato/candidata a apoiar.
Tanta candura cheira mal.

Diogo Augusto disse...

Fernanda, faz um bom reparo. No entanto, o que me parece mais estranho é que, se o perfil do candidato já foi votado e aprovado em Convenção e se cabe à Mesa Nacional escolher que candidato o partido apoia, então não faz sentido fazer nova Convenção a não ser que se queria mudar o perfil que ficou definido (o que não é o caso). A única coisa que faria sentido seria convocar nova reunião da Mesa Nacional e discutir a possibilidade de mudar o apoio para Fernando Nobre ou outro candidato que encaixe nos perfil traçado na Convenção. Porque é que os peticionários não fazem isto? Porque sabem que nada mudaria.

Fernanda Silva disse...

Diogo, estou absolutamente de acordo consigo.

Anônimo disse...

Na convenção (há pouco mais de um ano) dizia-se o seguinte... com algum tom irónico...

http://www.esquerda.net/mp3/podesquerda/convencao04.mp3

Anônimo disse...

“Os camaradas da Moção C inventaram até essa prodigiosa fantasia de que iríamos eventualmente ter um candidato às presidenciais em comum com o governo. É caso para dizer que só contaram para vocês”.
Luís Fazenda, VI Convenção do BE

-Elizabete

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