Foi o Pai que me ensinou...

Iniciativa do colectivo feminista

2 comentários:

Diogo disse...

A Igreja não discrimina ninguém. Só espera que se aplique um princípio de justiça básico: tratar por igual o que é igual de de modo desigual o que é desigual. Nem que seja por motivos fisiológicos, uma relação entre pessoas do mesmo sexo é diferente do que uma relação heterossexual, daí ser expectável um tratamento diferenciado. Se a única condição para a consagração de um direito for o consentimento, então tudo se torna subjectivo e sujeito ao arbítrio da vontade. A própria sobrevivência das sociedades políticas estaria sujeita a essa lógica. Isto é pura demagogia com origens no relativismo ao qual o Papa dedicou tanta atenção.

magda alves disse...

Caro Diogo, manifestamente não concordamos nem vamos concordar. Mas, já agora, apenas dizer-lhe que diferente e desigual não significam a mesma coisa como bem sabe. Mais: indo por ái somos todos muito diferentes entre nós, e então? isso dá o direito a alguém de me considerar um ser inferior; uma "anormalidade", uma extra terrestre que precisa de ser tratada, uma pecadora que, vá, tolera-se que seja homossexual desde que não pratique, nem o diga, nem se mostre, nem nada.
Diz: "Uma relação entre pessoas do mesmo sexo é diferente do que uma relação heterossexual". Muito me conta, já a minha relação sexual com o meu parceiro deve ser tal e qual, ou quase, a do meu vizinho com a sua mulher, claro está. Que eu saiba todos/as podemos penetrar e ser penetrados/as; etc, etc. A única "diferença", se quer ir por aí, é a de que um homem por exemplo, já se sabe, não tem ovários, nem trompas, nem óvulo e que portanto esperma com esperma... pois: não dá ovo. E então? Primeiro, como bem sabe, muitos casais heteros não "procriam" porque não querem ou não conseguem/podem (esterilidade, idade, etc). SegundO: os gays e as lésbicas enquanto pessoas individuais não perdem a sua "capacidade reprodutiva"/"potencial reprodutor". Podem não querer usá-la mas nunca a perderam, continuam a ter esperma para os homens e ovários etc para as mulheres. E.. sabe que mais? sabem como se concebem bébés. Relativizar a discriminação secular da Igreja para com os homossexuais só pode ser má fé ou brincadeira. Eles/as são no máximo "tolerados/as" mas não respeitados/as; A igreja nega lhes o direito a constituir famílias, a viverem plenamente os seus amores, a serem felizes enquanto homossexuais. Basicamente, quer que se autoflagelem ou quase por serem gays e lésbicas. São uns/umas pecadores/as que, enfim, lá temos que aceitar porque somos muito caridosos/as. Acha que a associação entre pedofilia e homossexualidade que a igreja nomeadamente fez e faz é por acaso? Não, não é.

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