Vale a pena ler este artigo de Daniel Oliveira sobre um Estudo coordenado pelo ISCTE divulgado ontem e revelando, entre outras coisas, que o que nos permite não ter uma taxa de pobreza de 40% (é actualmente de 20%) são, pasmem-se, os apoios sociais.
Será que o Governo e, já agora, o "PPD PSD" leram este e outros estudos? O de Alfredo Bruto da Costa Um olhar sobre a pobreza , por exemplo, também lhes dava jeito e permitiria já agora ao CDS deixar de (só) ser, se é que consegue, demagógico e intelectualmente desonesto quando fala à boca cheia do Rendimento Mínimo. Mmhh...Não me parece.
Sim, esse mesmo governo que negoceia e subscreve uma Estratégia UE 2020 em que os Estados Membros se comprometem a reduzir de 25% o número de europeus/eias vivendo abaixo dos limiares de pobreza nacionais. Não estou bem a ver como pretendem lá chegar, se bem que ainda falta muito para 2020 não é? Na verdade, também não parecem ter grande noção que o salário médio em Portugal é de menos de 680 euros. Ah , e que estamos em 9º lugar no ranking europeu da pobreza. E que estamos no TOP 3 dos países mais desiguais da UE. Que apenas 9% dos/as nossos/as empresários/as têm uma licenciatura. Que 65% dos/as trabalhadores/as por conta de outrém tem um nível de instrução inferior ao ensino primário ou secundário inferior. Essas coisas que o António Barreto, por exemplo, sempre disponível para botar faladura poderia com o seu Retrato Social de Portugal actualizado dizer-lhes. Enfim, minudências ...
Fica aqui um excerto:
Este estudo diz nos duas coisas:
A primeira é evidente para quem conheça o País: os portugueses não vivem acima das suas possibilidades. Vivem abaixo delas. Há uma minoria, isso sim, que garante para si a quase totalidade dos recursos públicos e privados. Somos, como se sabe, o País mais desigual da Europa. Temos dos gestores mais bem pagos e os trabalhadores que menos recebem. Somos desiguais na distribuição do salário, do conhecimento, da saúde, da justiça. E essa desigualdade é o nosso problema estrutural. É esse o nosso défice. Ele cria problemas económicos - deixando de fora do mercado interno uma imensa massa de pessoas -, orçamentais - deixando muitos excluídos dependentes do apoio do Estado -, sociais, culturais e políticos.
Será que o Governo e, já agora, o "PPD PSD" leram este e outros estudos? O de Alfredo Bruto da Costa Um olhar sobre a pobreza , por exemplo, também lhes dava jeito e permitiria já agora ao CDS deixar de (só) ser, se é que consegue, demagógico e intelectualmente desonesto quando fala à boca cheia do Rendimento Mínimo. Mmhh...Não me parece.
Sim, esse mesmo governo que negoceia e subscreve uma Estratégia UE 2020 em que os Estados Membros se comprometem a reduzir de 25% o número de europeus/eias vivendo abaixo dos limiares de pobreza nacionais. Não estou bem a ver como pretendem lá chegar, se bem que ainda falta muito para 2020 não é? Na verdade, também não parecem ter grande noção que o salário médio em Portugal é de menos de 680 euros. Ah , e que estamos em 9º lugar no ranking europeu da pobreza. E que estamos no TOP 3 dos países mais desiguais da UE. Que apenas 9% dos/as nossos/as empresários/as têm uma licenciatura. Que 65% dos/as trabalhadores/as por conta de outrém tem um nível de instrução inferior ao ensino primário ou secundário inferior. Essas coisas que o António Barreto, por exemplo, sempre disponível para botar faladura poderia com o seu Retrato Social de Portugal actualizado dizer-lhes. Enfim, minudências ...
Fica aqui um excerto:
Este estudo diz nos duas coisas:
A primeira é evidente para quem conheça o País: os portugueses não vivem acima das suas possibilidades. Vivem abaixo delas. Há uma minoria, isso sim, que garante para si a quase totalidade dos recursos públicos e privados. Somos, como se sabe, o País mais desigual da Europa. Temos dos gestores mais bem pagos e os trabalhadores que menos recebem. Somos desiguais na distribuição do salário, do conhecimento, da saúde, da justiça. E essa desigualdade é o nosso problema estrutural. É esse o nosso défice. Ele cria problemas económicos - deixando de fora do mercado interno uma imensa massa de pessoas -, orçamentais - deixando muitos excluídos dependentes do apoio do Estado -, sociais, culturais e políticos.
Adenda: já agora também vale a pena ler esta notícia sobre o mesmo estudo e esta.
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