Quando visitou Auschwitz-Birkenau, Filipe Marques pôde vislumbrar - como quem persegue a ponta de um fio de cabelo numa longa trança escura - o emaranhado de relações que puderam suportar o extravagante edifício social-socialista. Daí resultou "Requiem for a young painter" (2000), instalação (clarividente?) baseada em retratos que retoma as ligações do III Reich com a religião católica.
Em exposição no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, desde Maio, "Requiem" deveria permanecer aberta ao público até 31 de Julho. No entanto, foi compulsivamente encerrada na semana passada, pela mesma direcção que convidou o artista a expor, por alegadamente ferir a susceptibilidade das e dos visitantes.
Como lembrar? Como esquecer ainda? Como reconhecer nos matizes da arte a implicação antropológica, política, filosófica, quando a censura continua a cultivar-nos mornos e mansos?
Em exposição no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, desde Maio, "Requiem" deveria permanecer aberta ao público até 31 de Julho. No entanto, foi compulsivamente encerrada na semana passada, pela mesma direcção que convidou o artista a expor, por alegadamente ferir a susceptibilidade das e dos visitantes.
Como lembrar? Como esquecer ainda? Como reconhecer nos matizes da arte a implicação antropológica, política, filosófica, quando a censura continua a cultivar-nos mornos e mansos?
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