Marinho Pinto quer combater o facilitismo e a massificação da advocacia. O instrumento: um exame de acesso à Ordem. Uma Ordem deve regular as práticas profissionais, certo e isso incluirá uma regulação do direito ao exercício da profissão. Certo? Nem por isso.
Um dos grandes problemas das Ordens reside precisamente aqui: na vontade que têm de se sobrepor aos poderes do Estado que determina que cursos são homologados. Se Marinho Pinto não está contente com a qualidade dos licenciados em Direito que exija do governo uma regulação mais exigente dos cursos. Implementar essa regulação a posteriori é desautorizar o Estado e erguer uma barreira às legitimas expectativas de quem entra numa licenciatura em Direito. Infelizmente esta tendência não está presente apenas na Ordem dos Advogados, a parvoíce é partilhada.
3 comentários:
Totalmente de acordo.
AF
acho que esse exame não vai combater essa massificação à advocacia.
o facto de se fazer muitos exames não quer dizer nada. O importante é que durante o estágio a formação seja bem feita, e aí a grande responsabilidade está do lado dos patronos.
Porque existe neste país patronos sem qualquer qualidade
Francisco, se calhar um exame para se aceder à categoria de patrono, poderia ser uma boa ideia... :)
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