Um país em que um dos principais dirigentes
seja um estudioso dos processos de democracia participativa nas “instituições globais de governança”, que
denuncie o seu carácter anti-democrático e promova o papel da sociedade civil. Será um sonho? Não, é mesmo um pesadelo. O país é a Líbia. O dirigente em questão é o filho do “chefe da revolução”:
Saif Khadafi . A sua tese de doutoramento na London School of Economics intitula-se “O papel da sociedade civil na democratização das instituições de governança global, do poder mole à tomada colectiva de decisões”. E terá gostado tanto da respeitável universidade que, subsequentemente, lhe fez uma doação generosa. Portanto, temos um homem interessado na democracia participativa e benfeitor.
Agora, na sua Líbia natal, apela ao massacre do seu povo. Terá descoberto uma nova técnica de participação da sociedade civil: os massacres participativos e moles.
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