Às vezes também sou da Esquerda das petições...

Com “O Nariz”, pelo Teatro em Leiria

O Nariz - Teatro de Grupo é uma associação cultural que se dedica, há 15 anos, à produção profissional de espectáculos de teatro.

A formação e o apoio a grupos de teatro de amadores dos concelhos da Região, tem sido um investimento central do seu trabalho.

O Nariz - Teatro de Grupo promove e assegura, há 15 anos a realização do ACASO – Festival de Teatro, único festival de teatro profissional do Distrito de Leiria e um dos mais importantes da Região Centro.

O Nariz - Teatro de Grupo tem Casa, desde 1994 no coração do Centro Histórico de Leiria, num espaço cedido pelo Orfeão de Leiria/CA, conhecido por “Orfeão Velho”.

Neste espaço, desde sempre, o Nariz preparou, ensaiou e apresentou as suas produções teatrais.

Neste espaço funciona, desde 2007 o “Recreio dos Artistas” – programação cultural que acolhe projectos das várias expressões artísticas, amadoras ou profissionais, emergentes ou reconhecidas.

Neste espaço existe, desde 2008 uma livraria com representação de várias editoras independentes.

O Nariz – Teatro de Grupo vai ficar sem espaço para trabalhar, por decisão unilateral do Orfeão de Leiria/CA, ficando assim comprometidas todas as actividades desenvolvidas desde a sua fundação!

O prazo para a saída do edifício é 11 de Abril do corrente ano.

Tão precipitada decisão põe em causa o plano de actividades da Associação, os espectáculos em carteira e as novas produções.

Por tudo isto, pelo respeito pelo teatro e pelo seu público, pelo direito à produção e fruição culturais, é urgente encontrar uma solução que garanta um espaço digno onde O Nariz - Teatro de Grupo continue a desenvolver este trabalho, na cidade de Leiria.

Apela-se, entretanto, à entidade competente, que faculte a permanência do Nariz, no espaço actual, até a solução definitiva se concretizar.

7 comentários:

Frederica Jordão disse...

O Teatro do Morcego - Laboratório Oficina, de Coimbra, idem, idem, idem e nunca teve uma casa digna (nem indigna, tão pouco...). Há peticionários?

Tiago Ribeiro disse...

E fora da cultura, nada? É feio, não é?

Henrique Pinto disse...

Ninguém desdenha do interesse artístico e social de O Nariz. Não fora a minha postura de ajudar o Grupo e estes problemas nem se punham. Acontece que os protocolos são para se cumprir. Os avisos mais que atempados são para respeitar. A propriedade alheia é para respeitar. Muito tempo medeou para o grupo encontrar uma solução. Eu próprio diligenciei junto da anterior e da presente Câmara para que todas as soluções tivessem em conta a viabilidade de O Nariz. Posso garantir que a actual Câmara já ofereceu a O Nariz muitas soluções belíssimas, que a maioria dos grupos similares deste país jamais desdenharia e jamais terá. Porquê esta obstinação. Porque não aceitam o que a Câmara lhes dá? Mas só lhes interessa aquela situação a que nenhum direito lhes assiste, que tem sido paga totalmente pela entidade a que presido.
Com todo o respeito por todos os envolvidos nesta saudável discussão, compromissos são compromissos, prazos são prazos, necessidades atempadamente consideradas são um imperativo igualmente de sobrevivência artística.

Diogo Augusto disse...

Henrique Pinto, coloquei o link para a petição aqui no blog apenas como forma de solidariedade com a produção artística do grupo de teatro, não como tomada de posição contra o Orfeão. Não o poderia, aliás, fazer sem um conhecimento daquilo que foi o processo negocial entre a entidade a que preside e O Nariz. Aproveito, no entanto, a sua visita para lhe colocar algumas perguntas que penso que poderão contribuir para o esclarecimento da questão:

1- A comunicação da decisão teve lugar antes da programação de actividades do corrente ano?

2- A única forma de suprir as necessidade do Orfeão é a a cessação da cedência do espaço ao grupo de Teatro?

3- Essa cessação não poderá ter lugar quando o actual plano de actividades estiver cumprido?

4- A coabitação é incomportável?

M V C disse...

O dr. Henrique Pinto é daqueles personagens imprescindiveis na história... se não existisse, teria de ser inventado!
Ninguém está contra o Orfeão de Leiria como já foi dito. Ninguém duvidada da legalidade do "acto". Aliás nunca foi posto em causa mas, meu senhor acha mesmo que o Nariz só em Janeiro é que acordou para a vida?
Não me parece que esteja na posse de todos os dados... eu esclareço...
Desde Janeiro de 2008 que Nariz e Autarquia discutem o futuro a respeito de instalações. Desde Janeiro de 2008 que O Nariz tenta junto de V. Exa. e da da Instituição a que preside perceber até quando e como, seria a sua permanência no espaço em questão (Orfeão Velho).
Continua a "bater" na tecla das contas não pagas...
Quantas vezes Dr. Henrique Pinto, O Nariz lhe falou no assunto? Qual foi a resposta?
Não se faça de vítima!
O Nariz sempre o tratou com todo o respeito e sempre esteve grato pela cedência do espaço.
Sempre e em qualquer situação o Sr. (e o Orfeão de Leiria) foi referido, pelo Nariz, como o principal e inestimável apoio, em todas a actividades que tem realizado, ao longo deste anos.
E agora, Dr. Henrique Pinto, posso ser ironica, um pouco...
Dr. Henrique Pinto quais os "espaços belíssimos" indicados pela Câmara de Leiria, e não aceites pelo Nariz?
Quais as soluções fanstásticas dadas pela câmara que o Nariz declinou?
Penso que o Dr. Raul Castro (actual presidente)vai ficar tão curioso quanto eu.
Afinal a solução existe mas, só o sr. Dr. Henrique pinto sabe qual é.
Não quer desvendar o segredo?
Parece-me que não é só o Nariz que é criativo.
Já pensou ser comediante?

Pedro Oliveira disse...

Henrique Pinto disse "Não fora a minha postura de ajudar o grupo e estes problemas nem se punham".
Sr. Doutor esta frase é digna de Pilates. Não passe pela sua cabeça mal iluminada pensar que existimos graças à sua Augusta vontade. Esse tipo de raciocinio faz mal à saude e provoca a verdade.
Não se esqueça que se o senhor doutor não existisse "O Nariz" continuava instalado na sua cabeça.
Henrique Pinto disse "a actual câmara já ofereceu a "O Nariz" muitas soluções belíssimas... porque não aceitam o que a câmara lhes dá?"
Senhor Doutor, em reunião com o Presidente da Câmara, no dia 18 de Março de 2010, chegámos à conclusão que não existe, de momento, nenhuma solução para o problema em causa.
Será que não se apanha mais depressa um pinóquio que um coxo?
A sua Augusta displicência será confrontada com a opinião pública e com a opinião municipal, através dos seus responsáveis autarquicos, para que a verdade não morra solteira.

Pedro Oliveira - sócios nº 1 de "O Nariz" disse...

O tempo, esse grande conselheiro, foi intempestivamente mal tratado pela direcção de uma instituição – Orfeão de Leiria - que sempre prezámos, ao retirar unilateralmente todas as hipóteses de trabalho (espaço físico) e execução dos planos de actividades que “O Nariz” propõe aos cidadãos. Cidadãos esses que tem acompanhado sempre em número crescente os trabalhos levados a palco e os eventos realizados de à vinte anos a esta parte (Festivais de Teatro, Recreio dos Artistas, Reconstituições Históricas, Teatro para a Infância e Juventude, etc etc etc).
Não se compreende como e porquê a direcção de uma associação cultural com o prestígio do Orfeão de Leria tente deliberadamente dificultar o trabalho de outra associação.
O tempo permite-me dizer que não é a primeira vez que isto acontece.
Recordemos o que aconteceu ao grupo de teatro amador do Orfeão de Leiria quando à vinte e tal anos foi “extinto” e escorraçado pela direcção presidida pela mesma sinistra personagem.
Passados vinte anos toca-nos à porta a mesma personagem com objectivos idênticos.
O povo diz que não há duas sem três mas o povo esqueceu-se da excepção porque o tempo diz-nos que a terceira não poderá acontecer pois a esperança media de vida não permite que esta personagem faça o mesmo daqui a vinte anos.
Gostava de relembrar que o trabalho desenvolvido por “O Nariz” tem um carácter profissional e é assim que nos organizamos empenhadamente para oferecer ao cidadão a nossa arte e o nosso amor pelos palcos. Ao retirarem-nos o palco estão a matar os actores que tão delicadamente tem oferecido com generosidade a sua arte de representar.
Nem os gatos vivem vinte anos apesar de terem sete vidas.
Sr. Doutor enxergue-se porque as cadeiras também são traiçoeiras.

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