Rui Pedro Soares

No âmbito do inquérito parlamentar, uma primeira audição a essa coisa nojenta chamada Rui Pedro Soares permitiu compreender o papel central que o artista desempenhou - entre outras coisas - nas manobras políticas de tentativa de aquisição da TVI. Pelo que horas mais tarde se recusou a responder a toda e qualquer pergunta sobre o assunto, invocando «direitos» que lhe são certamente conferidos pelo Direito Canónico, mas que - graças a Deus - não o aliviam do crime de desobediência qualificada à comissão de inquérito da AR.

No que isto vai dar, não sei. Sei apenas o que já sabia: que essa coisa nojenta chamada Rui Pedro Soares, para além de ser uma coisa nojenta chamada Rui Pedro Soares, diz mais das elites dirigentes do Estado do que todo e qualquer tratado de sociologia política contemporânea. Além disso é também um contributo importante para ampliação e densificação da noção de «nojo», a que nem o Processo Civilizacional de Norbert Elias conseguiu chegar de forma tão empírica e clarividente. Parabéns ao Partido Socialista pela tolerância ao nojo, embora aos olhos do pai a coisa penda mais para o orgulho.

2 comentários:

João Pena disse...

Bela gravata.

Zé Miguel disse...

Eu gostei foi do pedido de desculpa ao Sócrates, quase que largava uma lágrima. Respeitinho pelo Godfather...

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