Como sempre no que diz respeito a estas coisas, o debate em torno da possibilidade de um aluno com mais de 15 anos passar do 8º ano para o 10º sendo que para isso precisa de fazer com aproveitamento os exames de Matemática e Português (salvo-erro) do 9º ano mais parece um campo de batalha.
Não surpreende que se multipliquem as bocas salivadas a disparar as palavras "mérito", "justiça", "calões" e "preguiçosos" à velocidade de 600 palavras por minuto. Não surpreende também que, do outro lado se dispare a palavra "oportunidade". Por isso também não surpreende que ninguém pare dois segundos para pensar no impacto que esta medida terá tendo em conta os objectivos a que a escola de uma sociedade democrática se propõe. Eu também não seria capaz de o fazer mas creio que uma medida deste género ignora por completo que a escola democrática não se deve resumir a uma instituição que valida competências e reconhece méritos. A tentativa de diminuir o abandono escolar precoce anulando parte do percurso que deve ser percorrido não faz, desse ponto de vista, sentido rigorosamente nenhum. E isto nada tem a ver com "mérito", tem, antes, tudo a ver com a compreensão de que o que justifica a existência de uma escolaridade obrigatória é o reconhecimento da escola como formadora de cidadãos com competências académicas mas também cívicas e sociais e, portanto, políticas.
Não surpreende que se multipliquem as bocas salivadas a disparar as palavras "mérito", "justiça", "calões" e "preguiçosos" à velocidade de 600 palavras por minuto. Não surpreende também que, do outro lado se dispare a palavra "oportunidade". Por isso também não surpreende que ninguém pare dois segundos para pensar no impacto que esta medida terá tendo em conta os objectivos a que a escola de uma sociedade democrática se propõe. Eu também não seria capaz de o fazer mas creio que uma medida deste género ignora por completo que a escola democrática não se deve resumir a uma instituição que valida competências e reconhece méritos. A tentativa de diminuir o abandono escolar precoce anulando parte do percurso que deve ser percorrido não faz, desse ponto de vista, sentido rigorosamente nenhum. E isto nada tem a ver com "mérito", tem, antes, tudo a ver com a compreensão de que o que justifica a existência de uma escolaridade obrigatória é o reconhecimento da escola como formadora de cidadãos com competências académicas mas também cívicas e sociais e, portanto, políticas.
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