São só 2 jogos pá, andem lá..


Esta novela em volta da selecção portuguesa de futebol já enjoa e adquire cada vez mais contornos patéticos. Primeiro, foi a história com o queiroz que, é certo, cometeu vários erros e cujo perfil, pessoalmente e na minha ignorância futebolística, , achava inadequado para seleccionador de Portugal, mas certo também é que todo o enredo em volta do "caso queiroz" já tinha um final mais do que previsível - um bye, bye, passe bem - mas que a malta do controlo anti doping, a Federação e a Secretaria de Estado do Desporto fizeram questão de prolongar, prolongar, prolongar, à boa maneira das novelas da TVI.

Entretanto empatamos a 4 golos com o Chipre e perdemos contra a Noruega e parece que a saída de Queiroz não tranquilizou as hostes, antes pelo contrário: é notório o clima de insatisfacção, desnorte, confusão que anda pelos balneários mas também (sobretudo?) pela Federação que, quer me parecer, anda a tentar salvar o seu próprio coiro.

Agora, para espanto julgo de todos/as nós, Madaíl lembrou-se de voar para Madrid, supostamente cabisbaixo mas na verdade armado em fanfarrão e com a impensa na bagagem, para pedir ao nosso Messias, Mourinho pois claro, que venha dar uma perninha por estas bandas. 2 jogos. Se isto não é desespero não sei bem o que é. Desespero ou espertalhice desesperante, por saber que se Mourinho aceitasse, independentemente dos resultados, isso lavaria um pouco a imagem da federação que "tudo fez para salvar a selecção do não apuramento", e ajudaria a esquecer o que há para trás, e mesmo que não aceite, terá tentado e isso fica-lhe bem, julga ele.

Quando vi a notícia, pensei que fosse brincadeira. Bem, mas também pensei na verdade que Mourinho não aceitaria por razões óbvias. E pelos vistos, até estaria disponível, faltando claro o acordo do Real que tanto quanto diz a imprensa não deve acontecer, compreensivelmente diga-se. Estranho ainda assim o "por mim ok" do Mourinho, estava convicta que diria que não: das duas ou uma: ou de facto admitiu esse cenário porque considerad que a nossa selecção e todo os protagonistas em volta estão a cair a pique e portanto, olha, por "patriotismo" independentemente de saber que isso pode/vai ser muito mal interpretado pelos/as aficcionados/as e não só, ou então disse que sim para não ficar mal e ser acusado de virar as costas à selecção/Portugal sabendo que Real dirá que não.

Um comentário:

Francisco Curral disse...

O Queiroz fez história. Foi o primeiro a ser despedido por «razões atendíveis».

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