Acordo francamente sensibilizado com a constituição de um novo modelo de regulação do sistema financeiro no espaço comunitário. Até telefonei lá para casa, de contente. O meu contributo cívico: já que a problemática reenvia para o domínio das políticas redistributivas e para a provisão pública de bem-estar social no quadro da vulnerabilidade accionista, o modelo teria muito a ganhar se - benchmarking de manual - adoptasse como referência a REAPN, Rede Europeia Anti-Pobreza: sou mesmo engraçado. Ora não querendo ser confundido com o reviralho, fico piurso e siderado (adjectivo palmado, com todo o gosto, a Mena Mónica) quando a receita pública serve uma nova geração de políticas sociais que ao invés de proteger o trabalho e o risco social financia calorosamente o capital incompetente e protocriminoso, sem grandes preocupações políticas de sofisticação retórica e persuasiva. É uma valente lapalissada a ideia de que a liberdade financeira necessita tanto das ilhas Caimão como do Estado - deste, em particular. Alegarão a extrema-esquerda e satélites que o têm dito há séculos e que os mecanismos e processos regulatórios são uma farsa inventada por um qualquer burguês feio e gordo: parabéns à prima. Veremos o que sairá da negociação difícil em Bruxelas. Penso apenas que compulsão e invasividade, bem testadas no RSI (Rendimento Social de Inserção), podem agora ser replicadas no sistema financeiro com relativa probabilidade de sucesso.
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