Se eu fosse um mercado

Sem mecanismos comunitários que o impeçam, continuamos a vender dívida a juros cada vez mais altos e a recusar a possibilidade de solicitar o "auxílio" do FMI na esperança de que os mercados voltem a ter confiança no país.

Se eu fosse um mercado, punha um charuto na boca e esfregava as mãos de contente perante a possibilidade da subida de juros e esticava a corda até o país estar exangue. Mas, para além de eu não ser um mercado, sou um tipo ganancioso. Felizmente, estes mercados que perderam a confiança em nós só precisam de ser convencidos de que somos uns tipos porreiros. Tenho, por isso, a convicção de que se conseguirmos aguentar até ao Verão, organizamos uma sardinhada e pomos um ponto final na crise.

Nenhum comentário:

Postar um comentário