Uma fisga e berlindes
"Surpreende que surpreenda..."

João Proença, o apartidário

Este é o discurso de um governante e não de um sindicalista. O papel do primeiro é o de menorizar a mobilização. Existem três tipos de estratégia, por ordem crescente de importância: 1) a guerra de números, alegando que esta não foi significativa; 2) a descredibilização das motivações da manifestação, enfatizando a insensatez desta, a inevitabilidade das medidas tomadas, o supremo interesse nacional que se sobrepõe a expressões particularistas de protesto; 3) por fim - e isto normalmente só acontece quando a manifestação é mesmo grande - a instrumentalização político-partidária.
O Sindicalista João Proença deveria ter explicitado as razões pelas quais a UGT não aderiu ao protesto, a sua predisposição para a "negociação e concertação" e o seu horror à mobilização colectiva, e não esgrimido o fantasma da instrumentalização. É certo e sabido que existe uma ligação estreita entre sindicatos e partidos políticos em Portugal, relação essa muitas vezes problemática e perniciosa. Mas a UGT não escapa a isto. A sua fundação é feita contra a CGTP (e a hegemonia comunista) por um acordo expresso entre PS e PSD, o Movimento Autónomo de Intervenção Sindical - Carta Aberta. O Secretário Geral da UGT é membro inerente da Comissão Política Nacional do PS, e foi cabeça de lista à Assembleia Municipal de Cascais pelo PS nas últimas eleições autárquicas.
Então sobre autonomias estamos conversados. Neste caso concreto, resta perguntar: João Proença foi a voz dos trabalhadores que representa, ou a voz do Partido do Governo?
A Minoria foi à Manif


(2) Scout Niblett
Cohn Bendit no PE sobre a (nao) ajuda economica à Grécia.
A ouvir!!
Nota: estou a escrever de um teclado sem acentos.
Chico Buarque indignado com Sócrates
Chico Buarque ficou indignado ao saber que a imprensa nacional publicara a notícia de que teria sido o cantor a pedir a Lula da Silva para conhecer José Sócrates. "Foi o vosso ministro quem pediu o encontro. Aliás, nem faria muito sentido eu pedir um encontro e o primeiro-ministro vir ter à minha casa", disse o músico e escritor brasileiro ao Público, através de correio electrónico.
SimPortugal

Felizmente, os habitantes das nossas cidades simuladas eram uns papalvos e caíam sempre num truque. Podíamos manter os impostos baixíssimos durante todo o ano par atrair mais gente e depois, em Dezembro, zás!, lá disparava o valor dos impostos, arrecadavam-se umas boas massas e, em Janeiro, voltávamos a baixá-los. Era certinho! Caíam sempre que nem patos.
É pena que os portugueses não sejam tão papalvos como os habitantes do Simcity, não é?
Guia Eleitoral 2010
O Bloco pensa ou faz Y. É porque estão a fazer uma jogada de oportunismo político para implodir com o PS. Além do mais, dizem que defendem os pobres e oprimidos mas são todos filhinhos de papás, comem caviar e mais não sei o quê.
Troquem as incógnitas por qualquer coisa e têm um comentário político à la minuta.
A Minoria vai à Manif

E na cama fazem maravilhas

Demoagogia contra a demagogia (fight fire with fire)
Agora, Mota Amaral, no encalço do mui brilhante e sempre atento Medina Carreira vem propor a redução do número de deputados na AR. A esperteza é epicamente saloia. Se a democracia custa muito dinheiro, temos bom remédio. Os custos que isso traz e que não são ignorados por Mota Amaral são secundários. 230 são muitos. Aliás, para fazer aquele trabalho, mais vale 10 muito bons, não é? Afinal, ser de Esquerda ou de Direita, do litoral ou do centro, do Sul ou do Norte, do continente ou das ilhas, pouco importa. Afinal vivemos ou não numa meritocracia?
E a próxima machadada, fica aqui prometido, é nas eleições. O dinheiro que se gasta naquela fantochada é astronómico. E que tal se for só de 10 em 10 anos? E se elegêssemos uma pessoa que depois nomeava os outros todos? E se não elegêssemos essa pessoa? Podia ser, por exemplo, o gestor a sair com melhor média de uma qualquer universidade...
Medidas contra a crise da qual já tinhamos saído mas que afinal estamos a viver mas da qual vamos sair apesar de nunca termos saído dela
Vamos voltar ao que estava em vigor antes das medidas extraordinárias
O programa "Qualificação Emprego" e o prolongamento por seis meses do subsídio social de desemprego são alguns dos apoios que o Governo deixa cair, entre as oito medidas da Iniciativa Emprego 2010 que vão terminar.
Serão cortadas ainda medidas como o apoio de redução do prazo de garantia para atribuição do subsídio de desemprego, a majoração do montante do subsídio de desemprego aos desempregados com filhos a cargo e o pagamento adicional de abono de família dos terceiro ao quinto escalões.
O Governo põe termo ainda ao incentivo de redução em três pontos percentuais das contribuições para a segurança social a cargo do empregador, em micro e pequenas empresas, para trabalhadores com mais de 45 anos.
O programa de requalificação de cinco mil jovens licenciados em áreas de baixa empregabilidade vai terminar, bem como o reforço da linha de crédito específica e bonificada, tendo em vista apoiar a criação de empresas por parte de desempregados.
Ora bem, leiga ´nestas matérias já me confessei mas deixem -me só ver se entendi: temos uma taxa de desemprego com dois dígitos, sendo que a dos jovens é o dobro, um índice de pobreza perto dos 20%, sendo que para além destes valores não podemos esquecer que são muitos/as os/as que se encontram mesmo no limiar; temos um salário médio de cerca de 680 euros (uma fortuna portanto que nos dá um poder de compra invejável), mmhh...mmmhh... Ah! temos o PEC (ou PE) e tivemos agora há pouco as medidas adicionais de austeridade que basicamente cortam a eito em tudo, ou quase, o que é susbídio, aumenta impostos , investimento nem vê-lo, e essas coisas.
Ok, e agora , expliquem me lá como se eu fosse MUITO BURRA: como é que é suposto com estas medidas e este rumo de governação Crescermos? Dinamizarmos a nossa Economia e o Mercado de Trabalho? Não aumentarmos dramaticamente e antes Baixarmos os níveis de desemprego e Pobreza? Não batermos no fundo?
Obrigada.
Ainda o CPMS
A Andrea, colega aqui do requintado espaço, indicou-mo e é, de facto, imprescindível a leitura do post de Sérgio Vitorino. Clarinho mais clarinho não podia ser. E é tão bom que até se lhe perdoa uma utilização da palavra "bitola" e uma utilização de um "lol".
Vá lá, desta vez não houve tiros…
O Vasco foi operado a um maxilar e não deve voltar a abrir a boca nas próximas 3 semanas. Pelo contrário, o comando da PSP tem a obrigação de dar explicações o quanto antes. E já agora, porque não aproveitar para pedir desculpa pelo comunicado com que enganou a opinião pública, ao garantir que o rapper MC Snake tinha desobedecido à ordem de paragem numa operação stop? Afinal, a investigação concluiu que nunca chegou a passar por ela na noite em que acabou baleado mortalmente por um agente da PSP.
O género e o emprego

«Rocío» ou a memória proibida de Franco
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Em Coimbra, dia 25, às 21:30 no Teatro da Cerca. Em Lisboa, dia 26, às 21:00 na Livraria Ler Devagar (Lx- Factory). Ler mais...
«A crise da zona do euro e o retorno do Estado regulador em debate»

James Petras, um dos entrevistados, é mais cauteloso, mas aponta para uma reorganização da política, maior polarização entre a direita e a esquerda, e o fim da chamada Terceira Via.
Portugal 0 - Cabo Verde 0
Entrevista de Joseph Stiglitz no le Monde
(...)
Le taux de chômage des jeunes en Grèce s'approche de 30 %. En Espagne, il dépasse 44 %. Imaginez les émeutes s'il monte à 50 % ou 60 %. Il y a un moment où Athènes, Madrid ou Lisbonne se posera sérieusement la question de savoir s'il a intérêt à poursuivre le plan que lui ont imposé le Fonds monétaire international (FMI) et Bruxelles. Et s'il n'a pas intérêt à redevenir maître de sa politique monétaire.
Agora a sério

Laferialândia
Entretanto, a Feira do Livro ainda não tem lugar certo (Boavista, Aliados, quiçá parque de campismo da Prelada ou cemitério de Paranhos) e este fim de semana houve mais corridas para toda a família. Isto está de gritos, mas quando eu que pensava que o Fantasporto já não estava na cidade, eis que me deparo:
Que susto!
Por falar em Iago

Desempregadas/os precisam-se!

Andrea Inocêncio e Mariana Bacelar definem-se como " artistas / desempregadas / trabalhadoras precárias" e estão na net à procura dos/as seus/suas modelos. Com a performance colectiva "Monumento ao Desempregado do Ano", pretende-se, na linha da intervenção urbana de artistas como Gilbert & George, Joseph Beuys, Rirkrit Tiravanija ou do movimento Fluxus, encenar o maior monumento vivo à maior conquista dos nossos tempos: a precariedade no trabalho e o desemprego.
Nos dias 5 e 6 de Junho, nos Jardins de Serralves, no Porto, Andrea Inocêncio e Mariana Bacelar vão coordenar uma gigantesca estátua viva que corporize e dê visibilidade aos números e às estatísticas da corrosão do valor do trabalho.
Esta intervenção, realizada bem no coração do Monumento aos recibos verdes, foi seleccionada durante o Concurso Projectos Artísticos para o evento "Serralves em Festa! 2010", orientado para a divulgação de novos valores em arte contemporânea portuguesa. A pertinência desta intervenção, ironicamente patrocinada pelo poder instituído, ganhou, com a divulgação do relatório da inspecção da Autoridade para as Condições de Trabalho de 4 de Março de 2010, um sentido renovado que só poderá acrescentar ao valor conceptual (e plástico, se as/os precárias/os de Serralves assim o entenderem) do trabalho das artistas.
As inscrições para integrar o "Monumento" estão abertas em
http://monumentoaodesempregadodoano2010.blogspot.com/
Dia 5 de Junho às 14h30
Dia 5 de Junho às 17h00
Dia 6 de Junho às 14h30
Dia 6 de Junho às 17h00, sempre nos Jardins de Serralves.
A paixão de Serralves pelos falsos recibos verdes

"Às vezes os gestores esquecem-se de injectar as pessoas com entusiasmo. Elas têm de estar motivadas e entusiasmadas com os projectos. Têm de os viver de uma forma quase apaixonada.”
No dia 4 de Março, os inspectores da Autoridade para as Condições de Trabalho entraram em Serralves para verificar a situação de falsos recibos verdes dos recepcionistas ao serviço da Fundação. Mesmo sem receber vários dos documentos solicitados à Fundação – mapas de pessoal e horários, prova de realização de seguro de acidentes de trabalho, entre outros –, o relatório da inspecção foi entregue uma semana depois da visita e concluía assim:
"Assim, é nossa convicção que se verifica a presunção da existência de contratos de trabalho entre a Fundação de Serralves e os recepcionistas ao seu serviço, dado tratar-se da realização de uma actividade por forma aparentemente autónoma mas em condições características às do contrato de trabalho, e que causa prejuízo ao trabalhador e ao Estado, razão pela qual será levantado o respectivo auto de notícia, de acordo com o art.º 12.º. do Código do Trabalho".A directora-geral da Fundação disse aos inspectores da ACT que não conseguiu convencer os trabalhadores a "prestar serviços" a uma empresa externa a criar para esse efeito, e decidiu afastar os 18 recepcionistas a partir de 12 de Abril. Mas a ACT, em vez de fazer o que lhe competia, impedindo o despedimento ilegal, resolveu esconder o relatório já concluído a 11 de Março e que dava razão aos recepcionistas de Serralves.
Têm razão o movimento FERVE e os Precários Inflexíveis, que divulgaram agora o relatório que a ACT escondeu:
"Esperamos agora que muito rapidamente a Fundação de Serralves, nomeadamente o seu Conselho de Administração, emende as ilegalidades cometidas e reconheça imediatamente os direitos dos trabalhadores afectados, integrando-os, como é devido, no seu posto de trabalho, com acesso a contratos de trabalho e aos direitos subtraídos durante anos de arbitrariedades."
"Gatekeeping" ou "O Bourdieu é que a sabia toda"

"Aquilo"? Não. Essa gente que debita opiniões não pode ser inserida verdadeiramente na categoria dos críticos. Porquê? Não se sabe muito bem. Entre dizer que eles não escrevem em jornais (que utilizaria os mecanismos de recrutamento de recursos humanos dos jornais enquanto legitimadores de críticos) e dizer que, no campo da crítica, o grupo outrora hegemónico está a perder a hegemonia em detrimento de um grupo de bandalhos (que nem sequer têm a honra de serem considerados críticos) por razões que não percebem, optaram por continuar a lamuriar-se e a dizer mal dos ingratos que não lhes agradecem o suficiente.
O que esta gente não percebe é que o portal que guardam está cada vez mais às moscas porque ao longo do muro, com a massificação da internet, foram sendo abertas brechas, portas, portinholas, janelas e janelinhas. Ou seja, as fontes de produção artística com acesso ao espaço público multiplicaram exponencialmente e, para o bem e para o mal, são precisamente os badamecos da internet que conseguem dar conta do recado e de manter a contabilidade sobre quem entra e quem sai dessa multiplicidade de brechas. O potencial consumidor precisa cada vez menos de alguém que lhe diga o que é bom e o que é mau. Antes, com a quantidade esmagadora de informação, precisa de quem consiga construir e actualizar permanentemente as cartografias das brechas. Os críticos não estão a ser capazes de o fazer e agora queixam-se que guardam uma passagem por onde ninguém quer passar. Temos pena.
Andar para trás
A questão do casamento nunca foi, pelo menos para mim, uma questão que estivesse relacionada com a viabilização de uma prática. Parece-me que a questão mais importante neste processo é a do reconhecimento. Nesse sentido, a proposta macabra de arranjar qualquer coisa parecida com o casamento mas com outro nome, não fazia qualquer espécie de sentido e não resolvia a questão de fundo: a da desigualdade de direitos. É por isso que me faz especial impressão que se tenha festejado a promulgação que não aprova mais do que um casamento de segunda (Cavaco Silva teria preferido um casamento de terceira) por deixar explicitamente de fora a possibilidade da adopção. Não estamos a falar de um casamento igual aos que já existiam, estamos a falar, em certa medida, de um casamento especial, um casamento entre duas pessoas que, segundo a lei, pela sua orientação sexual, não são capazes de criar uma criança. Este impedimento, repito, explícito na lei, constitui, por isso mesmo, um retrocesso.
Bem sei que é fácil debitar sentenças sobre os direitos dos outros mas parece-me que a situação que se vai criar é mais injusta e mais retrógrada por criar uma lei que discrimina explicitamente casais de pessoas do mesmo sexo no que diz respeito à sua possibilidade de adoptar. Apenas me pareceria justa a consagração de um casamento por inteiro. Agora, se os destinatários desta lei preferem a nova situação à velha, já não é comigo. Mas se o fazem, estão a preferir uma situação que, a meu ver, é mais discriminatória.
Notas sobre um 17 de Maio a não esquecer

Clarinho com'a água
Se não tivesse sido feito o que foi feito, escusávamos de ter feito o que fizémos
Fica, ainda assim, por explicar como é que se articula um "em política não há inevitabilidades" com um "governo e oposição foram obrigados a fazer inevitável", um discurso de exaltação da política enquanto gestão de "inevitabilidades" com "os ajustamentos violentos que são inevitáveis". É que fica a ideia de que são sempre as penúltimas medidas que poderiam e deveriam ter sido evitadas, sempre as penúltimas que não eram inevitáveis. É que o clima de chantagem permanente, como a Grécia prova, começa a não pegar precisamente porque o erro nunca é "este", é sempre o "outro".
Paris, what a city

Augé (com quem tenho contas a ajustar por causa de uns terrenos) fala do turismo como uma parte da humanidade que olha a outra como espectáculo “sem que a natureza do espectáculo conte realmente (...) como se, em última análise, o espectador em posição de espectador fosse para si próprio o seu proprio espectáculo”. Como se só longe daqui encontrássemos parte de nós e essa parte se resumisse ao sorriso decalcado nos sucessivos palcos de uma fotografia.
(Na imagem: Eu em Paris com carrinho de compras e bonhomme a gritar La vie en rose)
Amanhã, seremos tod@s gays, lésbicas, bis, transsexuais e transgéneros!
Amanhã - Dia 17 de Maio - é o Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia. Porquê? Porque foi a 17 de Maio de 1990 que a Organização Mundial da Saúde decidiu retirar da sua lista de doenças mentais a homossexualidade e que convém (re)lembrar, para os/as "mais esquecidos/as", este dia, assinalá-lo, festejá-lo e fazer com que outros dias marquem a história.
Desde aí, inúmeros (grandes) passos foram dados. E estes não aconteceram sozinhos, "com o tempo". Aconteceram porque houve muitas pessoas, organizadas em associações, movimentos (com grande destaque do Movimento LGBT), estruturas partidárias, etc, ou a título individual - que se mobilizaram para que tal acontecesse. Foi portanto fruto da ACÇÃO, da informação, da visibilidade, da discussão, da ocupação do espaço público, de todo o tipo de iniciativas (das mais institucionais às mais "radicais") que foi possível uma tomada de consciência, uma mudança de mentalidades, mesmo que ainda não acabada, como possívelmente quase tudo na vida.
As coisas de que os Papistas se lembram...

Até aqui tudo certo né? Esperem..
Esse "jornal" foi distribuído à porta do metro do Chiado, e por aquela zona, na segunda feira dia 10. A escolha do dia de segunda feira não foi, claro, por acaso, prendeu-se com a chegada do Papa. Tinha notícias como "Mulheres vão poder ser padres"; "Brown defende acto de contrição na questão da Guerra do Iraque"; "Anulada a dívida externa do Haiti"; "Número dois do Vaticano apela a uso de contraceptivos" etc.
Ok, tudo bem. Trata-se de liberdade de expressão; criatividade; espírito e discurso crítico. E então?
E então que neste pequeno país à beira mar plantado, a UMAR recebe no dia 11 um e mail do gabinete de advogados representante da empresa "SOJORMÉDIA CAPITAL, SA", proprietária do Jornal i informando ter tomado conhecimento deste "jornal" e cita-se "V.Exas conceberam e distribuem um jornal gratuito intitulado i diário. Jornal que toma várias posições contrárias à Igreja Católica em geral e de Sua Santidade o Papa Bento XVI", e intimam a UMAR a recolher todos os jornais.
É claro que a UMAR não recolheu rigorosamente nada e emitiu um comunicado que podem encontrar no site http://www.umarfeminismos.org/
Esperem que ainda não acabou...No dia a seguir, adivinhem lá quem foi bater à porta da UMAR: A ASAE, ah pois é! E anunciaram...uma queixa crime de contrafacção, imitação e uso ilegal de marca, apresentada pela SOJORMÉDIA CAPITAL , SA. E....apreenderam os exemplares que restavam!
Fantástico não é?! Comentários para quê. Como é que é aquela palavra? C_E_N_S_U_R_A? será isso? E aquela ...E-s-t-u-pidez, também aplica-se bem. Haveria outras, pois claro :)
A UMAR lançou novamente um comunicado e organiza a 20 de Maio uma tertúlia "Mundos ideiais censurados: feminismos e religiões".
E agora, como é óbvio, é divulgar o "jornal" IDEÁRIO por todo o lado! (Ver adenda).
Descubra as diferenças


Num bairro moderno
O papa vai passar de carrinho na rua Zeca Afonso. As minhas vizinhas vão estendendo, ora tímidas ora orgulhosas, colchas e panos nas varandas. Desde manhã que polícias circulam pela rua, dois pra lá, dois pra cá. Elas adoram-no(s) e acumulam-se nas grades. Oh “Caridade, a quanto obrigas/Só trinta mil voluntários/‘Cristo reina Cristo vinga'/Nos vossos santos ovários”.
E daqui a nada vamos todas gritar: Bibó papa bibó papa bibó papa...
Já caem anjos num alguidar.
Afinal, a Académica ainda é um clube de estudantes
O Exemplo

Ora, não sou economista e, como Jesus Cristo, não sei nada de finanças nem tenho biblioteca, mas sabendo que o que interessa aqui é equilibrar a balança das contas públicas, só por razões ideológicas se pode teimar na redução da despesa em detrimento do aumento das receitas. Não quero com isto dizer que as razões ideológicas não são perfeitamente válidas, até me custa a entender como é que vem muito boa gente à praça pública apelar a que se deixe de lado a ideologia por uma pragmática tecnocrática em nome do "bem da nação". O argumento é tão mais grave quanto não justifica medidas ideologicamente inócuas mas bem inscritas num ideal de funcionamento das economias baseado em Estados mínimos incapazes de cumprir a sua mais importante função: a de prestar assistência a todos os que, pela via da economia de mercado, não conseguem ter meios de subsistência.
Esta é precisamente a altura em que a ideologia faz mais sentido. Num jogo de estabelecimento de prioridades, de protecção de sectores essenciais, essas escolhas só poderão ser ideológicas porque essa é a natureza da política. A maioria de Esquerda na AR deveria querer dizer alguma coisa, deveria dar indicações do sentido pelo qual queremos ser levados. Poder-me-ão dizer que também há uma maioria do centrão mas se nos lembrarmos do discurso de defesa do Estado, do investimento público e da protecção social que o PS produziu durante a campanha das últimas legislativas, será muito mais justo considerarmos a presente AR como tendo maioria à Esquerda do que como tendo maioria ao Centro. O problema é que somos governados por um PS que tem medo de ser de Esquerda tal como tem medo dos restantes partidos de Esquerda. Um PS que entregou a ideologia, que se rendeu à política como gestão, que, quando os calos apertam, não tem pudor em atacar desempregados e todos os que, pela situação económica se encontram mais fragilizados.
Dar o exemplo, cortando nos vencimentos dos "políticos" não é, portanto, mais do que uma armadilha, um "olha como eu me sacrifico" para sacrificado ver.
Estudantes (trabalhadores/as ou não) no 1º de Maio em França
Através da Confederação de Estudantes, os/as estudantes em França marcaram presença no 1º de Maio. Os/as trabalhadores/estudantes, os/as estudantes trabalhadores, e os/as estudantes que não se esqueceram que agora estudam, mas que amanhã vão querer trabalhar, aliás é possivelmente por isso que estudam :)
Surfin' bird... papa papa papa papa papa papa
Eu, que não sou católico pelo mero acaso de não ser crente e que nunca escrevi para O Tempo e o Modo pelo mero acaso de ser cardíaco (e não ser rico), prefiro a pedagogia duns Bronski Beat, que ao que consta não seriam propriamente meninos de sacristia. Isto enquanto não me der para assinar petições de repúdio «por outras matérias políticas» ou para reagir ao laicismo zeloso e jacobino do governo, que se atirou ao subsídio de Natal como o outro se atirou aos gravadores.
Pausa para compromissos comerciais

Apresentação do livro «A Esquerda Radical» em Coimbra

Editado pela Angelus Novus, o livro será apresentado em Coimbra por Rui Bebiano e João Paulo Avelãs Nunes, na próxima segunda-feira, dia 10 de Maio, pelas 21:00, na Livraria Almedina-Estádio.
Um excerto do livro aqui, e uma recensão da minha autoria aqui.
Golpe de rins

O que me preocupa...

Já se sabe que o voto é cada vez menos influenciado pela origem social, inserção (subalterna) nas relações de produção, «comunidade imaginada» que é a identidade de classe, como queiram.
Mas nos escombros do Labour, cresce o British National Party, com mais de meio milhão de votos, sem esquerda que se veja a disputar uma alternativa.
O Respect jogou forte em três circulos eleitorais e perdeu. Boas votações é certo, mas George Galloway não foi reeleito, e Salma Yaqoob, que era a aposta em Birmingham, também ficou de fora. A Trade Unionist and Socialist Coalition, dinamizada por alguns sindicalistas e próxima do Socialist Party, teve resultados negligenciáveis. Em suma, parece-me que se verificou um recuo de anos com o fim da Socialist Alliance, e os conflitos dentro do Respect, com e por causa do SWP. Não digo que as divergências dentro da esquerda britânica não tenham uma base política importante, mas o seu sectarismo e fragmentação é also assustador.
Todos os resultados do/as candidato/as de esquerda aqui.
Toalhitas Bleu-Blanc-Rouge

Como bem disse ao Mail Online o director do jornal Metro, que publicou a fotografia em primeira mão (ou em primeiro derrière, se preferirem...), relançam-se as questões dos "limites da arte, da provocação e da liberdade de expressão".
Forquilhas e tochas

Nada sensato porque o fenómeno tem que ser analisado de dois pontos de vista diferentes e toda esta gente está a analisá-lo do mais fácil mas menos interessante e relevante. O roubo dos gravadores é inaceitável, deplorável e essas coisas feias. Já se sabe. Mas essa é uma perspectiva que, politicamente, não nos leva muito longe. Trata-se de um acto isolado de um político que, independentemente de se considerar que tem ou não factores atenuantes, não deixa de ser isso mesmo: um acto isolado. Por outro lado, o comportamento dos jornalistas durante a entrevista e o tratamento que o vídeo teve antes de ser publicado, espelha a forma como nos dias que correm há jornalistas que pensam que a liberdade de imprensa é uma autorização para darem largas à sua imbecilidade. E isso, vindo de um grupo que tem especial poder que não é democraticamente escrutinado, é infinitamente mais preocupante do que a estupidez do deputado.
Notas soltas à la Marcel@ - 2
Manuel Alegre a Presidente - Oficializou a sua candidatura ontem. O PS continua sem se pronunciar. Surgiu como já se previa o anúncio da candidatura do PCP. Fernando Nobre é "fraco" que até doi. Pessoalmente não tenho dúvidas, como já tinha dito, sobre o meu voto no MA mas, e espero estar enganada, cada vez mais me parece que a coisa vai se resolver à primeira volta e não será para o lado certo.
Subsídio de desemprego - tou a pensar sériamente em fazer com que me demitam porque isto do subsídio pelos vistos rende. O seu valor, e o seu poder naquilo que são as apirações de cada um/a, rende tanto que desmotiva logo qualquer pessoa a procurar um emprego, deve ser pela vida farta que com ele se faz. Esta notícia é um exemplo disso mesmo, claro está. E quando mo tirarem, nada de muito grave porque como diz a Ministra é para "incentivar os desempregados a voltar ao mercado de trabalho" e portanto para me ajudar e porque, como se sabe, o mercado de trabalho está pujante, e por isso não será nada difícil.
Ricardo Rodrigues a pedir desculpa pela "acção directa" (termos dele) - Lindo!:)